domingo, 24 de maio de 2009

DIA 11 - Sai Baía entra Ilha

Pemba - Nampula

O dia que largámos Pemba para voar até Nampula.
Objectivo final chegar à Ilha de Moçambique.

Classifiquei ontem como o melhor dia de praia até então. Pois bastaram 24h para passar à história, para deixar de ser verdade.
Este domingo foi um fantástico dia de praia.

Creio que os testemunhos em foto ou filme traduzem bem o dia que vivemos hoje nesta baía esplêndida.



Espaço delimitado à frente da esplanada com sombrinha em palha e espreguiçadeira enfiadas na areia.

O melhor de tudo: os vendedores de rua não entram ali.



Bronzeador.
Ipod.
Muitos mergulhos.
Baía lindíssima.
Água óptima.
Calor abrasador.
Areia branquinha.
Água transparente.



Para sair em beleza rumo ao aeroporto, agora sim negócio de rua com os macondes (etnia local). Eu parecia um verdadeiro negociador. Quase não olhava às peças queria era negociar.
3 duros assaltos até ao ‘KO técnico’ e negócio fechado.
Primeiro mostrei interesse no que ele tinha para vender, mas questionando logo de inicio os preços deles. Eles fazem o choradinho e esticam muito o preço para turista. Discuti com ele. Ameacei comprar a outro, e depois virei-lhe mesmo as costas e fui para dentro da casa buscar as malas.
Voltei para o ‘ringue’ mas para começar a decidir o combate a meu favor levei no fato de banho metade do dinheiro que eles inicialmente pediam por aquelas peças. Apenas separados por 100 meticais, ele não cedia. Eu disse-lhe que queria oferecer aquela concha enorme à minha mãe mas não tinha mais dinheiro e a carrinha ia arrancar para o aeroporto.
Entro na carrinha e o Kilas António (na foto) chama-me para fechar tudo pelo meu preço. Foi uma negociação dura mas ali em 10m paguei 550 meticais quando inicialmente queriam 1140.
Aeroporto de Pemba para trás. Curioso que aqui não começou muito bem mas foi sempre a melhorar até partir daqui com algo inesquecível na minha memória.

No check in o policia abre-nos as malas todas para a revista. Tudo ok. Ou melhor quase tudo. As conchas enormes que nos venderam na praia são espécies protegidas e não podem ser levados para fora de Moçambique. Pequeno susto. Sem querer já estávamos a cair na ilegalidade, mas a compreensão das autoridades permitiu que trouxéssemos toda a nossa bagagem.
Aterrámos em Nampula. Alugar um carro rapidamente porque tínhamos ainda 200kms para fazer até à Ilha de Moçambique.
Travagem a fundo. O VISA não funcionava. E a franquia não era pequena. Só mesmo com cartão.
Mudança de planos. Noite em Nampula. Neste episódio que correu mal uma coisa que veio por bem. Vi o Sporting dar um correctivo ao Nacional na Sport Tv África.
Amanhã dia de decisões. Ôu Ilha de Moçambique ou bate na trave e regressamos mais cedo para Maputo.
A Moçaventura não desanima. O espírito é africano. Cada dia é uma aventura diferente. É um novo dia. E eu cá estarei para vos contar.


Beijos e abraços do Macunha (branco dialecto macua – Nampula) Miguel.
Para casa um beijo muito especial. 11 Dias sem me aturarem.
Hambanine (Adeus).

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